domingo, 31 de maio de 2009

I Mostra de Cultura Espanhola em Portugal

A I Mostra de Cultura Espanhola em Portugal realizar-se-á na capital portuguesa entre 1 e 6 de Junho. O objectivo desta iniciativa é dar a conhecer o trabalho dos criadores e dos intelectuais espanhóis através de uma proposta que engloba actividades relacionadas com a dança, o cinema, a literatura e a fotografia, entre outras áreas.

Destaque para:

3 de Junho
Recital Poético
Antonio Gamoneda (Prémio Cervantes)/ Gastão Cruz
18h00 - Biblioteca Nacional

5 de Junho
Encontro da jovem poesia espanhola e portuguesa
18h00 - Biblioteca Nacional
Participantes:
Ana Isabel Conejo y Javier Vela
Miguel Manso / Daniel Jonás
Moderador: Pedro Mexia

Programa completo aqui.

Artimanhas Poéticas

O festival literário Artimanhas Poéticas será realizado nos dias 12 e 13 de Junho, no Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro, com a direcção do poeta Claudio Daniel. O evento, que contará com a participação de críticos literários, poetas jovens e consagrados e editores de revistas, incluirá palestras, debates, recitais, lançamentos, performances musicais e de poesia sonora.

sábado, 30 de maio de 2009

Mais logo, estarei, pelas 19 horas, no lançamento do livro de poesia de Paulo Afonso Ramos “Caminho da Vontade” (edição Temas Originais) para dizer poemas do livro.
Obra e autor serão apresentados por Conceição Matos.
No Auditório do Campo Grande n.º 56, Lisboa.

Recital de Poesia com textos de Camões no Senegal

Dacar: Sábado, 6 de Junho de 2009 às 10:00
Recital de poesia com textos de Camões
Centro de Língua Portuguesa do Instituto Camões (Sala de Portugal), Universidade Cheikh Anta Diop, Dacar.
Iniciativa do Instituto Camões Portugal

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Na estante de culto


Um Ritmo Perdido
Poemas
Ana Hatherly
Edição de autor
Lisboa 1958




Este é o primeiro livro que Ana Hatherly publicou e com o qual iniciou a sua carreira literária, há 50 anos, antes de se enveredar pela poesia concreta. Mais tarde, em 1965, ligar-se-ia à poesia experimental e, em 1969, a exposição Anagramas, na Galeria Quadrante, marcaria o início do seu percurso nas artes plásticas.
É interessante conhecer, hoje, o livro com que Ana Hatherly se estreou, conhecendo-a nós como um dos grandes autores de poesia visual e experimental, percurso que iniciou colaborando no grupo de Poesia experimental, nos anos 60 e 70.
Este é o livro com que tudo principia.


Falas-me em asas,
Em voar...


Não vês que eu não sou nada,

Nem anjo nem pessoa,
Nem ave nem engenho,

Que é totalmente outra

A minha definição?


Eu não sou mais do que o próprio chão...


***

Nocturno

Com a mais fina areia se formaram duras pedras.

Com qualquer frágil flama se incendeia toda a terra.


Uma galáxia tem mil chamas

Consumindo-se e criando-se ininterruptamente...


A dor é toda uma,

Imutável e indiferente.


***

Ai que fadiga
De tantas árvores verdes

E tantas flores nos prados,

De tantas ondas azuis
E tantas nuvens brancas!


De tanta oferta rejeitada

E tanta promessa esquecida

— Ai que fadiga!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Poesia "in progress"

(clicar para ampliar)

Simpoesia 2009

Vai acontecer em São Paulo o II Simpósio de Poesia Contemporânea (Simpoesia 2009), entre os dias 4 e 7 de Junho. O evento contará com a presença de vários autores (Luís Serguilha representará o nosso país).
O programa inclui recitais poéticos, performances, palestras e debates que irão ocorrer na Casa das Rosas e no Instituto Cervantes. Haverá também shows musicais, apresentações de videopoesia e de poesia visual.
Esta será mais uma experiência literária de quatro dias que reunirá vozes das mais relevantes da poesia e da crítica literária internacional, além de uma feira de editoras independentes de poesia do Brasil e Argentina promovida pela revista Grumo.
Este encontro envolve a troca de ideias, a exposição da diversidade intelectual e o intercâmbio artístico e cultural entre diversas expressões da poesia contemporânea.

Casa das Rosas (Espaço Haroldo de Campos de poesia e cultura): Av. Paulista, 37
Instituto Cervantes: Av. Paulista, 2439

Autores convidados:
Alfredo Fressia (Uruguai)
Andréa Catrópa (Brasil)
Antônio Vicente Pietroforte (Brasil)
Contador Borges (Brasil)
Donny Correia (Brasil)
Edson Cruz (Brasil)
Efraín Rodríguez Santana (Cuba)
Flávia Rocha (Brasil)
Frederico Barbosa (Brasil)
Glauco Mattoso (Brasil)
Greta Benitez (Brasil)
Horácio Costa (Brasil)
Julian Brolaski (EUA)
Luís Roberto Guedes (Brasil)
Luís Serguilha (Portugal)
Marcelo Tápia (Brasil)
Marco Vasques (Brasil)
Maria Esther Maciel (Brasil)
Micheliny Verunschk (Brasil)
Gustavo López (Argentina)
Paloma Vidal (Brasil)
Rodolfo Häsler (Espanha)
Rodrigo Garcia Lopes (Brasil)
Rodrigo de Haro (Brasil)
Sérgio Medeiros (Brasil)
Silvia Iglesias (Argentina)
Stefan Tobler (Inglaterra)
Steven Butterman (EUA)
Tatiana Fraga (Brasil)
Tracy Grinnell (EUA)
Victor Sosa (México)
Virna Teixeira (Brasil)
William Alegrezza (EUA)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Novidades Caminho


O Que Dói Às Aves
Alice Vieira
Editorial Caminho
Colecção: «O Campo da Palavra»
Maio 2009





Um livro de poesia que denuncia sentimentos, relações, vivências através de palavras, frases, versos.

A epígrafe do livro açambarca o conteúdo do livro:

"Com os meus amigos aprendi que o que dói às aves

Não é o serem atingidas, mas que,

Uma vez atingidas,
O caçador não repare na sua queda"


Daniel Faria



Um dos poemas do livro:

Aquele que o meu coração ama
não encontra em lado algum
o incenso que de meus olhos rompe
para ensinar a prender o corpo das mulheres
abandonadas fora de horas
às portas da cidade

mas sabe que para todas as distâncias
há uma ave enlouquecendo quem parte
do tempo
e a túnica que dispo entre os seus dedos
é a espada que os reis ungiram
para enfrentar a ameaça das manhãs
em que tudo acorda

Poetas de Café

No Café Majestic, 29 de Maio, 21H30 – Entrada livre
R. Santa Catarina, 112 – Porto

Quatro poetas juntam-se no Café Majestic, no Porto, pelas 21H30 de sexta feira dia 29 de Maio, desafiando os clientes para uma conversa sobre cafés e poemas e a dizer com eles "poemas de café".
São convidados Alexandra Malheiro, João Luís Barreto Guimarães, Minês Castanheira e Jorge Reis-Sá.
(clicar para ampliar)

terça-feira, 26 de maio de 2009

7º Art Action

7th Art Action
“HARTA PERFORMING MONZA”
International Performance Art Festival
Sala Convegni -Teatrino della Villa Reale di Monza
28-29-30 Maio 2009
H.P.M. Art Director: Nicola Frangione - Via Ortigara 17, 20052 Monza, Itália

Participantes:
Giovanni Fontana (Itália)
John Giorno (EUA)
Nicola Frangione (Itália)
Dome Bulfaro & Massimiliano Varotto (Itália)
Paolo Albani (Itália)
Endre Szkarosi (Hungria)
Anne-James Chaton (França)
Gian Paolo Guerini & Gian Luca Gaiba (Itália)
Gian Paolo Roffi & Jazz Poetry Quartet (Itália)
Tomaso Kemeny (Hungria)
Fernando Aguiar (Portugal
Bartolomé Ferrando (Espanha)

sin_ismo

No dia 29 de Maio, vai ter lugar o lançamento, no Clube Literário do Porto, pelas 22H00, do 1º número da revista sin_ismo - projecto imaginário e heteroutópico.
Esta revista é um projecto da Biblioteca Digital da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e será quadrimestral.
Na área da poesia, esta revista tem as colaborações de:
Rober Diaz, Suzana Guimarães, Nuno Brito, Minês Castanheira, Ruy Narval, Cecília Ferreira, A. P. Ribeiro, Patrícia Lino, Elsa Loff, António Gajardo, Pedro S. Martins, Tomás Edo Torres, Cézar Romão, Suzamna, Cláudia Consciência, André Consciência e Charles Avery (com tradução de Nuno Brito).

Pode consultar-se o conteúdo da revista aqui.

Bypass

Vão ter lugar amanhã, 27 de Maio, na FNAC Chiado e na quinta-feira, 28 de Maio, na Galeria Appleton Square, as iniciativas ligadas ao lançamento da Revista Bypass.
A Bypass é uma publicação hiperdisciplinar, editada por Álvaro Seiça Neves e Gaëlle Silva Marques, que convida vários autores, de diversas áreas e nacionalidades, a apresentarem um trabalho escrito/visual sobre o tema proposto para cada número. O tema do número inaugural é a arquitectura.
O pré-lançamento da BYPASS acontecerá na FNAC Chiado, Lisboa, no dia 27 de Maio às 19h30. Será apresentado o ciclo “BYPASSing” a acontecer mensalmente no mesmo local, integrando os autores do nº 1, com conferências, exposições e apresentações. Pavel Braila, artista moldavo residente em Berlim, lançará o ciclo com o vídeo “Baron’s Hill”. O vídeo “Stalk”, de Pedro dos Reis, artista português residente em Nova Iorque, com música de Draftank, será também exibido.
O lançamento será a 28 de Maio, na Galeria Appleton Square, em Lisboa, próximo à Av. da Igreja, em Alvalade (Rua Acácio Paiva, 27 r/c) a partir das 20h30, com a intervenção de Pavel Braila, através do vídeo e da performance “Eurolines Catering or Homesick Cuisine”. O público será convidado para um cocktail especial.
No dia 9 de Julho, pelas 18h30, haverá uma apresentação na Casa Fernando Pessoa, Lisboa.
A Bypass estará disponível em vários pontos do país, e também na Alemanha - Berlim -, na Suíça - Basileia, Genebra, Lausanne e Zurique -, nos EUA - Nova Iorque - e no site www.bypass.pt

Na área da poesia, esta revista tem as colaborações de Pedro Sena-Lino, Ozias Filho, Lucien Zell, Álvaro Seiça Neves, entre outros.

Pode espreitar-se a revista aqui.

Open Day na Lx Factory

No próximo dia 29 de Maio a Lx Factory realiza o seu “Open Day”.
Para esse dia, a Ler Devagar preparou um programa completo: entre as 11 horas e as 6 horas da manhã do dia seguinte, vai haver música, livros, workshops, arte, festas, em todos os espaços da Lx Factory, os quais vão estar, excepcionalmente, abertos ao público.
A Ler Devagar também preparou um programa especial de exposições, concertos, performances e instalações.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Festival Silêncio! • Concurso Poesia Slam

Absolut Poetry : Concurso / Torneio de Poetry Slam
Final do concurso: Musicbox, 26 Junho 22h30
Considerado uma das mais recentes e cosmopolitas tendências da noite das grandes capitais, o Poetry Slam tem alcançado enorme sucesso nos bares de Berlim, Nova Iorque, Paris ou Londres. O conceito é simples: basta escolher um tema, tratá-lo de forma crítica e espirituosa, adicionar algumas rimas e declamá-lo de forma dramática no espaço de três minutos no palco de um clube. Emblema da cultura urbana, este novo movimento dá primazia à palavra e aos poetas e convoca todos aqueles que queiram exprimir e transmitir a sua arte através da palavra dita.

Inscrição, até 12 de Junho, para a pré-selecção, através do formulário na página web:
http://www.festivalsilencio.com/poetry.htm

Júri composto por 6 convidados nas áreas
Mestre de Cerimónias : J.P. Simões

Regulamento:
Os poetas concorrentes terão de ser mais de 16 anos de idade;
Os poetas podem abordar qualquer tema em qualquer estilo;
Os poetas devem utilizar os seus próprios poemas;
Nenhum poema poderá ultrapassar os três minutos. As performances serão cronometradas;
Não é permitido: a utilização de instrumentos musicais ou música pré-gravada, cenários, recurso a acessórios, disfarces ou máscaras. O poeta deverá vestir as roupas que usa no seu dia-a-dia;
Cada poeta que participe no Poetry Slam do Festival Silêncio deverá preparar pelo menos 3 poemas de sua autoria;
Os poetas não podem repetir duas vezes o mesmo poema excepto na final;
O júri constituído por 6 elementos atribui uma nota após cada poema numa escala de 1 à 10;
O concurso desenrola-se por eliminatórias da seguinte forma:

Primeira sessão com os 8 poetas concorrentes. Os 4 poetas mais pontuados passam à meia-final;
Meia-final: dos 4 seleccionados serão escolhidos 2 para a final;
Final: com os 2 mais pontuados;
Performance final do vencedor.

O júri atribui uma nota a cada poema indo de 1 a 9.9, sendo 10 a nota máxima;
Os elementos do júri serão encorajados a utilizar décimas após a vírgula de forma a desempatar poemas cujas notas sejam demasiado próximas;
Se a regra dos três minutos for infringida por um poeta durante a sua actuação, este terá 10 segundos de tolerância;
Caso ultrapasse os 3 minutos e 10 segundos, o poeta verá o seu score final penalizado, segundo o seguinte esquema: 0,5 pontos por cada período de 10 segundos acima de 3 min. e 10 seg.

Selecção dos candidatos:
O concurso está aberto a qualquer poeta, independentemente da sua idade, sexo ou capacidade física;
Os concorrentes deverão inscrever-se para a pré-selecção enviando um mp3 ou mp4 através de upload da sua performance logo abaixo no formulário de inscrição;
O período de inscrição para a pré-selecção decorrerá até 12 de Junho 2009 (inclusive);
Os poetas serão seleccionados por um júri composto por 4 elementos da organização (Goethe-Institut Portugal, Instituto Franco-Português, 101 Noites e MusicBox) e serão convidados a apresentar-se no palco do MusicBox para um ensaio antes do concurso oficial;
Os 8 poetas ou equipas seleccionados irão apresentar-se no concurso que terá uma meia-final (4 poetas) e uma final (2 poetas). O vencedor subirá uma vez mais ao palco para dizer um poema à sua escolha e receber o prémio.

Prémios:
1º Prémio: 500 euros, 1 Biblioteca portátil com audiolivros e livros das editoras participantes do Festival Silêncio!
2º Prémio: 1 Biblioteca portátil com audiolivros e livros das editoras participantes do Festival Silêncio!
Haverá outros prémios para os finalistas.
Para assistir a alguns vídeos de Poetry Slam:
Em francês: vídeo 1, Vídeo John Banzaï
Em alemão: vídeo Marc-Uwe Kling
ARTE WEB: http://www.arte.tv/fr/Echappees-culturelles/Le-slam/1777940.html

5º Encontro de Poesia de Vila do Conde

5º Encontro de Poesia
Biblioteca Municipal José Régio, Vila do Conde, 28 a 30 de Maio

Realiza-se entre os dias 28 e 30 de Maio próximo, mais uma edição dos Encontros de Poesia de Vila do Conde. Haverá leituras, encontros com poetas, distribuição de poemas, leituras encenadas e recitais de poesia.

Marcarão presença: Ana Luísa Amaral, Carlos Quiroga, Catarina Costa, João Rios, Jorge Melícias, Jorge Sousa Braga, José Rui Teixeira, Luandino Vieira, Rosa Alice Branco, valter hugo mãe, entre outros.

Performances ArteserieS

A AAPAA - Associação de Artistas Plásticos do Algarve, organizou o Ciclo de actividades ArteserieS, no passado dia 9 de Maio de 2009, no Instituto Português da Juventude de Faro.

Performance do Grupo Mandrágora (Manuel de Almeida e Sousa, Bruno Vilão e Gonçalo Matos; Vídeo: Manuel Pires, Confraria da Alfarroba):




Performances de Fernando Aguiar:





(Vídeos de Adão Contreiras)

sábado, 23 de maio de 2009

Outras sugestões para os próximos dias


26 de Maio (terça-feira):

LISBOA - Livraria Barata
Lançamento do livro
O princípio da sedução - Poesia reunida
2ª edição
De Fernando Manuel Noivo
Na Livraria Barata
Av. de Roma, 11A, Lisboa
26 de Maio às 18h30
No final da sessão será servido um beberete.


ÉVORA – Bibliocafé Intensidez
26 de Maio, pelas 21:00:
Gente Povo Todo o Dia
Filipe Chinita, no poema.
Apresentação do livro do autor, com a presença de, entre outros, Fernanda Lapa, Manuel Gusmão e Otília Roque.
No Intensidez Bibliocafé: Rua Escrivão da Câmara, 10, 7000-524 Évora.


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27 de Maio (quarta-feira):

PORTO - Clube Literário do Porto
27 de Maio de 2009 - 4ªFeira
PIANO-BAR
21:30h Quartas Mal Ditas
Tema: “Rosas brancas para Alice”
Convidada: Rosa Alice Branco
Organização e colagem de textos: Anthero Monteiro
Leituras por: António Pinheiro /Anthero Monteiro/ Diana Devezas /Isabel Marcolino/ Luís Carvalho / Mário Vale Lima /Manuela Correia/ Marta Tormenta / Rafael Tormenta


LISBOA – Palácio Galveias
Lançamento de livro de poesia
27-05-2009
Local: Biblioteca Municipal Central de Lisboa, Palácio Galveias, pelas 19:15
O fio das harpas, de Fernando Miguel Bernardes.
Apresentado pelo Professor Doutor José d' Encarnação.
Leitura de poemas pelo actor Luís Machado.


LISBOA - Ler Devagar da LX-Factory
Dia 27 de Maio, pelas 19 horas:
Lançamento do livro de poesia O Que Dói Às Aves, de Alice Vieira (Editorial Caminho).
A obra será apresentada por José Mário Silva e Rosa Lobato Faria lerá alguns dos poemas.
LX-Factory – Alcântara (antigas instalações da gráfica Mirandela), Rua Rodrigo Faria, 103 - Lisboa.


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28 de Maio (quinta-feira):

LISBOA – Fundação Mário Soares
LEITURA DE POESIA DE ALBERTO LACERDA Por Jorge Silva Melo, dia 28 de Maio, às 18h00, no Auditório da Fundação Mário Soares Web Site: http://www.fmsoares.pt Rua de S. Bento, 160 - Lisboa





LISBOA - Associação 25 de Abril
Tertúlia poética
«o sonho comanda a vida»

Na Associação 25 de Abril (Rua da Misericórdia, nº 95 Lisboa)
Dia 28 de Maio, pelas 18h30
Sessão de Poesia promovida pela Associação 25 de Abril e organizada pelo poeta Jorge Castro.
Com a participação de: Estefânia Estevens e Francisco José Lampreia, Carlos Peres Feio, David Silva e João Baptista Coelho.

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29 de Maio (sexta-feira):

FARO – Livraria Pátio de Letras
Sexta feira dia 29, 21h30
“Representações do Espaço na poesia de Nuno Júdice”, por João Minhoto Marques
Conferência integrada no «Ciclo Viajantes, Escritores, Poetas - Retratos do Algarve», org. UALG/CIIPC/CMVRSA – apoio Pátio de Letras.


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30 de Maio (sábado):

LEIRIA – Livraria Arquivo
Dia 30 de Maio, na Livraria Arquivo, pelas 17H30:
Sessão de apresentação do livro de poesia Dispersão - Poesia reunida, de Nuno Dempster.
A apresentação está a cargo de Henrique Fialho e serão ditos poemas do livro por Mercília Francisco.
A Livraria Arquivo fica na Av. Combatentes da Grande Guerra, 53 - Leiria.


LISBOA - Auditório do Campo Grande
Lançamento do livro de poesia de José Félix "Teoria do Esquecimento" (edição Temas Originais), no Auditório do Campo Grande n.º 56, Lisboa, no próximo dia 30 de Maio pelas 16.00 horas.
Obra e autor serão apresentados pelo poeta Rui Sousa.



LISBOA - Auditório do Campo Grande
Lançamento do livro de poesia de Paulo Afonso Ramos “Caminho da Vontade” (edição Temas Originais), no Auditório do Campo Grande n.º 56, Lisboa, no próximo dia 30 de Maio pelas 19.00 horas.
Obra e autor serão apresentados pela Dr.ª Conceição Matos.
A sessão contará com a presença de Inês Ramos, que declamará alguns poemas do livro.


OLIVEIRA DE AZEMÉIS - Biblioteca Municipal
Apresentação do livro de poemas "Os Olhares da Alma" de Natália Frias, prefaciado por D. Manuel Martins, com capa e ilustrações da autora (edição Edium Editores), dia 30 de Maio, pelas 16H00, na Biblioteca Municipal Ferreira de Castro, Oliveira de Azeméis.
A apresentação estará a cargo da Drª cecília Santos.
O evento contará com um momento musical de violino e flauta, interpretado por Daniela Castro e Teresa Silva.

24 de Maio • Barcelona

sexta-feira, 22 de maio de 2009

XV Prémio de Literatura DST 2009

O Grande Prémio de Literatura DST é instituído pela DST - Domingos da Silva Teixeira, S.A. e destina-se a galardoar todos os anos uma obra em português, de autor português nascido ou residente no território nacional.
O Grande Prémio de Literatura DST tem um funcionamento rotativo, distinguindo, num ano, um livro de poesia publicado em primeira edição no biénio anterior e, no ano seguinte, um título em prosa saído, também em primeira edição, no biénio que o precedeu.
A edição deste ano é destinada a obras de poesia publicadas em 2007 e 2008.
O valor do Grande Prémio é de 15.000 euros.
De cada livro deverão ser enviados a concurso, pelo autor ou pelo editor, quatro exemplares para o endereço: Rua de Pitancinhos, Ap. 208, Palmeira 4711-911 Braga, até ao dia 2 de Outubro de 2009.
Os resultados serão divulgados na comunicação social, no dia 6 de Dezembro de 2009, nos jornais “Público”, “Expresso”, “Diário do Minho” e “Correio do Minho” assim como a data da cerimónia pública de entrega ao autor distinguido.

Mais informações aqui.

Na estante de culto


A Voz Fagueira de Oan Tímor
Fernando Sylvan
Recolha de Artur Marcos e Jorge Marrão
Prefácio de Maria de Santa Cruz
Edições Colibri
Dezembro, 1993


Com este livro, tornou-se acessível ao público a obra poética do poeta timorense Fernando Sylvan, quase desconhecida, apesar de existirem traduções das suas poesias em inglês, francês, italiano, sueco e japonês e de grupos culturais leste-timorenses terem divulgado, ao longo de várias décadas, o seus versos de Oan Tímor ("filho de Timor" em tétum) na reivindicação dos direitos de Liberdade e Identidade timorenses.
Este livro é constituído por 7 partes: os seis primeiros títulos publicados entre 1965 e 1982 e uma última parte com poemas dispersos, alguns dos quais circularam em cartazes, na imprensa ou em antologias diversas.

"Os seus poemas são profundamente humanos e têm a dimensão do infinito, abrindo novos horizontes à nossa sensibilidade. Comovem e fazem vibrar o espírito e a consciência de quem os lê. Foi o que me sucedeu, e não se apagará mais na minha sensibilidade e no meu cérebro a impressão de amor fraterno e solidariedade luminosa que dos seus poemas se desprende"
Maria Lamas, em carta de 18 de Setembro de 1980, agradecendo os livros "Tempo Teimoso" e "Meninas e Meninos".



Mensagem do Terceiro Mundo
1971 - Ano internacional contra o racismo


Não tenhas medo de confessar que me sugaste o sangue

E esgravataste chagas no meu corpo

E me tiraste o mar do peixe e o sal do mar

E a água pura e a terra boa
E levantaste a cruz contra os meus deuses
E me calaste nas palavras que eu pensava.

Não tenhas medo de confessar que te inventaste mau

Nas torturas em milhões de mim

E que me davas só o chão que recusavas

E o fruto que te amargava

E o trabalho que não querias

E menos de metade do alfabeto.

Não tenhas medo de confessar o esforço

De silenciar os meus batuques

E de apagar as queimadas e as fogueiras
E desvendar os segredos e os mistérios

E destruir todos os meus jogos

E também os cantares dos meus avós.


Não tenhas medo, amigo, que não te odeio.

Foi essa a minha história e a tua história.

E eu sobrevivi

Para construir estradas e cidades a teu lado

E inventar fábricas e Ciência,

Que o mundo não pôde ser feito só por ti.


(Mensagem do Terceiro Mundo - 1972)


***

..................................Cascais, 17 Setembro 1972

O Ditador


.....................................e coroava-se em cada novo dia.
..........................subia
................
subia
O ditador










...................................................Mas despenhou-se.

(Tempo Teimoso - 1974)


***


Eu canto e o meu canto se enternece
de ouvir-se no seu eco e ser distante
tal como a estrela-sol quando amanhece
se orgulha de ter luz e ser andante.

Eu canto e o meu canto faz-se prece
e reza-se a si próprio qual amante

que esparge a sua fé como quem tece
os versículos de nova bíblia errante.

Sozinho na paisagem clara e bela
com o manto lustral dos olhos dela

e o que mais inventei e me aqueceu


o canto e a luz e a fé tudo é mais vivo
porque me sinto sempre em mim cativo

do amor que na verdade ela me deu.


(Dispersos)

***

O teu sexo fechado
tive de abri-lo com um beijo
como se não estivesse ainda desflorado

(MULHER ou o livro do teu nome - 1982)

***


Fernando Sylvan, pseudónimo de Abílio Leopoldo Motta-Ferreira, nasceu em Díli, no dia 26 de Agosto de 1917 e morreu em Cascais, no dia 25 de Dezembro de 1993. Participante activo da Resistência Maubere, foi poeta, prosador, dramaturgo e ensaísta.
Passou a maior parte da sua vida em Portugal mas sempre escreveu sobre o seu país de origem, dissertando sobre as suas lendas, tradições e folclore. Está representado em inúmeras antologias.
Presidiu à Sociedade de Língua Portuguesa, em Portugal e foi o criador do Dia Internacional da Língua Portuguesa.
Recebeu em 1965 a Medalha Pereira Passos pela constante fraternidade na sua obra (Rio de Janeiro). Recebeu a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (postumamente).

Publicou os seguintes livros de poesia:
Vendaval. Porto, 1942
Oração. Porto, 1942
Os Poemas de Fernando Sylvan. Porto, 1945
7 Poemas de Timor. Lisboa, 1965. 2ª edição, pirata. Lisboa, 1975.
Mensagem do Terceiro Mundo. Lisboa, 1972.
Tempo Teimoso. Lisboa, 1974. 2ª edição, Lisboa, 1978
Meninas e Meninos, Lisboa, 1979
Cantogrito Maubere – 7 Novos Poemas de Timor-Leste. Lisboa, 1981.
Mulher ou o Livro do teu Nome. Lisboa, 1982

Venham daí esses poemas sobre música!

Caros etéreos,
desta vez, este passatempo é patrocinado pelo poeta Amadeu Baptista que oferece 9 livros seus aos primeiros 9 participantes que enviarem poemas:

“Outros Domínios” Prémio Literário Florbela Espanca 2007, Edição da Câmara Municipal de Vila Viçosa, Março 2008 (5 exemplares)
“O Bosque Cintilante” Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama 2007, Edição das Juntas de Freguesia de S. Lourenço e de S. Simão, Azeitão, Maio 2007 (4 exemplares)

O mote deste passatempo é a música, pois é possível que, de entre os poemas participantes, o poeta Amadeu Baptista escolha um para integrar uma antologia de poesia sobre música que está a organizar.
O prazo para o envio termina a 15 de Junho e deverão fazê-lo através do e-mail: porosidade.eterea@gmail.com
Poderão enviar, no máximo 3 poemas. Serão aqui publicados na semana seguinte.

À semelhança de passatempos anteriores, o locutor Luís Gaspar gravará em audio um dos poemas.

Nota: por favor, não deixem as vossas participações aqui na caixa de comentários, enviem-nas por e-mail, caso contrário não serão aceites. Não se esqueçam de enviar também as vossas moradas para poderem receber os livros.

Novidades Trinta por Uma Linha


Poemas para Brincalhar
Poemas: João Manuel Ribeiro
Ilustrações: Anabela Dias
Editora Trinta por Uma Linha
Colecção Rimas Traquinas
Março 2009






A palavra brincalhar só existe no dicionário da imaginação.
Quem ma ensinou foi um menino que, um dia, depois de ouvir estes poemas, me confessou:
— Estes são poemas para brincalhar...
Fiquei perplexo e retorqui:
— Mas a palavra brincalhar não existe...
— Pois não, inventei-a hoje ao ouvir-te:
São poemas brincalhões para brincar...
Não estás a ver?

Claro que vi! E adoptei esta nova palavra.
Espero que todos o façam também e, com ela, brinquem e se tornem brincadores.
(texto da contracapa)


Eu, Tu

Sola...sapato
rei...rainha
galo...pato
carapau...sardinha

mão...luva
dedo...
vinho...uva
água...café

menino...menina
vestido...nu
cravo...bonina
eu...tu


Antão era pastor

Antão era pastor
na ribeira do Sado.
Ouviu um rumor
e ficou enredado
na voz doce e fina
de donzela citadina
que colhia amoras
nas silvas da serra.
Sem queixas ou demoras,
Antão deixou na terra
as ovelhas ao abandono.
Mora agora na cidade,
serve a outro dono.
No coração, a saudade
de ser pastor e do Sado
partilha o lugar
com a menina
citadina
que o fez exilar.


Livro recomendado pela Casa da Leitura, da Fundação Calouste Gulbenkian.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

José Luís Tavares e Luís Carlos Patraquim finalistas do Prémio Portugal Telecom 2009

José Luís Tavares e Luís Carlos Patraquim são finalistas, na categoria de Poesia, da VII edição do Prémio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa.

De entre os 50 livros finalistas, eis os de poesia:
A fábrica do feminino, Paula Glenadel (7Letras), Poesia brasileira
Chocolate amargo, Renata Pallottini (Brasiliense), Poesia brasileira
Cinco lugares da fúria, Pádua Fernandes (Hedra), Poesia brasileira
Cinemateca, Eucanaã Ferraz (Companhia das Letras), Poesia brasileira
Circenses, Alkmar Santos (7Letras), Poesia brasileira
Como se caísse devagar, Annita Costa Malufe (Editora 34), Poesia brasileira
Lisbon Blues, José Luís Tavares (Escrituras), Poesia cabo-verdiana
Memórias inventadas - A terceira infância, Manoel de Barros (Planeta do Brasil), Poesia brasileira
Noite nula, Carlos Felipe Moisés (Nankin), Poesia brasileira
O osso côncavo e outros poemas, Luís Carlos Patraquim (Escrituras), Poesia portuguesa
Poemas da recordação e outros movimentos, Conceição Evaristo (Nandyala), Poesia brasileira
Ravenalas, Horácio Costa (Amauta Editorial), Poesia brasileira

O Prémio deste ano (que contempla romance, conto, poesia, crónica, dramaturgia e autobiografia, escritos em língua portuguesa e publicados no Brasil em 2008) oferece 35.670 euros ao primeiro colocado, 12.484 euros ao segundo e 5.350 euros ao terceiro.
O livro de poesia “O pequeno-almoço de Carla Bruni” de Rui Costa (edição bilingue português/castelhano, editado pelo Ayuntamiento de Punta Umbría) vai ser apresentado dia 24 de Maio de 2009 no XII Salón del Libro Iberoamericano de Gijón (que se realiza de 20 a 25 de Maio).

Espectáculo de Dança e Poesia "Papoila de Odiana"

Papoila de Odiana
Dançar a Poesia de Al-Mu’tamid


Através da dança, executada por Elsa Shams, com música ao vivo, este espectáculo convida o público a descobrir o universo do poeta Al-Mu’tamid, considerado o mais importante dos poetas da 2ª metade do Século XI no Garb al-Andalus.
Este espectáculo tem como ponto de partida os poemas de Al-Mu’tamid, ditos em português e em árabe, respectivamente por Eduardo M. Raposo e por Tiago Bensetil, apresentado pelo primeiro, que nos traça o percurso cronológico e nos introduz no seu mundo poético corporizado por Elsa Shams, que (re)cria, através da dança, e da coreografia, o mundo encantatório da poética de Al-Mu’tamid. Um espectáculo de movimento, poesia e música, complementado com a passagem de imagens, documentos, figurações e voz-off.

Próximos espectáculos:
5.º Festival Islâmico de Mértola
Dias 22 e 23 de Maio 2009 • 18.00h
Teatro Marques Duque


FICHA TÉCNICA
Duração do espectáculo: 70 minutos
Ideia Original e Direcção Artística de Eduardo M. Raposo
Encenação de Eduardo M. Raposo
Concepção Musical e Coreográfica de Elsa Shams
Cenografia e guarda-roupa de Elsa Shams
Execução e Dança de Elsa Shams
Concepção e Execução Musical e Instrumental ao vivo de Jorge Machado
Voz-off Jorge Lino, Sofia Raposo, Tiago Bensetil e Eduardo M. Raposo

Representação a cargo de:
Eduardo M. Raposo (Al-Mu'Tamid e Afonso VI)
Elsa Shams e Sofia Raposo (I'timad)
Tiago Bensetil (Ibn-Ammâr)
Produção de Imagens Vídeo de João Maia
Sonoplastia de Bruno Silva
Desenho de Luzes de Elsa Sahms e Eduardo M. Raposo
Cartaz e Programa (concepção e design gráfico) de Tiago Bensetil

CONTACTOS:
Eduardo M. Raposo
eduardoepablo@gmail.com
eduardomraposo@portugalmail.pt

Estúdio Raposa

Mais um compacto de "Horas de Poesia" para ouvir no audioblogue "Estúdio Raposa" de Luís Gaspar, com poemas de: Saamantar Mohi, Joel da Sousa, Maria São Pedro, Maria Azenha, Carlos Santos Bueno, Licínia Quitério, Cristina Miranda, Delfim Peixoto, Emanuel Madalena,
Fernando Azevedo, Rui Diniz, Luís Cunha, Angela de Sousa, António Gouveia, Tiago Galveia, Ana Maria Costa, Amita, Carlos Luanda e Teresa Maria Rolão, aqui.

E, ainda, poesia de Olavo Bilac, aqui.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Novidades Quimera


Obrigatório não Ver
Ana Hatherly
Quimera Editores
Maio 2009



A Quimera celebra o 80.º aniversário de Ana Hatherly com a edição de um pequeno volume de textos da autora, escritos entre os anos 60 e 80. O livro "Obrigatório não Ver" ajuda a compreender o papel essencial que Ana Hatherly teve na divulgação da arte de vanguarda no nosso país.
O livro recupera o título de um programa sobre arte de vanguarda emitido pela RTP2 no final da década de 70, transmitido ainda a preto e branco, pela noite dentro, muitas vezes em directo. Os guiões fragmentados que restam deste programa, de grande importância documental, histórica e cultural, são reunidos nesta edição de pequena tiragem juntamente com outros contributos de Ana Hatherly, no que se refere à divulgação da arte contemporânea.

Ana Hatherly (Porto, 1929) é uma poetisa, ensaísta, investigadora, tradutora, professora universitária e artista plástica portuguesa.
Membro destacado do grupo da Poesia Experimental Portuguesa nos anos 60 e 70, tem uma extensa bibliografia poética e ensaística. Dedicou-se também à investigação e divulgação da literatura portuguesa do período barroco tendo fundado as revistas Claro-Escuro e Incidências. Licenciada em Filologia Germânica pela Universidade Clássica de Lisboa, doutorou-se em Estudos Hispânicos do Século de Oiro na Universidade da Califórnia em Berkeley. Professora Catedrática da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa onde fundou o Instituto de Estudos Portugueses. Membro da Direcção da Associação Portuguesa de Escritores nos anos 70, foi também membro fundador e depois Presidente do P.E.N. Clube Português e Presidente do Committee for Translations and Linguistic Rights do P.E.N. Internacional.
Em 1978 foi agraciada pela Academia Brasileira de Filologia do Rio de Janeiro com a medalha Oskar Nobiling por serviços distintos no campo da literatura. Em 1998 obteve o Grande Prémio de Ensaio Literário da Associação Portuguesa de Escritores; em 1999 o Prémio de Poesia do P.E.N. Clube Português; em 2003 o Prémio de Poesia Evelyne Encelot, em França, e o Prémio Hannibal Lucic, na Croácia.
Paralelamente tem uma carreira como artista plástico, iniciada nos anos 60, com um extenso número de exposições individuais e colectivas em Portugal e no Estrangeiro. Obras suas estão incluídas nos principais Museus de Arte Contemporânea portugueses e em colecções privadas nacionais e estrangeiras.
Diplomada em técnicas cinematográficas pela International London Film School, nos anos 70 foi docente na Escola de Cinema do Conservatório Nacional, e no AR.CO (Centro de Arte e Comunicação Visual), em Lisboa. Existem cópias dos seus filmes no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian e no Arquivo da Cinemateca Portuguesa, em Lisboa.

Obra editada:
Poesia
* Um Ritmo Perdido. Lisboa: Ed. Aut. (1958)
* As Aparências. Lisboa: Sociedade de Expansão Cultural (1959)
* A Dama e o Cavaleiro. Lisboa: Guimarães Editores (1960)
* Sigma. Lisboa: Ed. Aut. (1965)
* Estruturas Poéticas - Operação 2. Lisboa: Ed. Aut. (1967)
* Eros Frenético. Lisboa: Moraes Editores (1968)
* 39 Tisanas. Porto: Colecção Gémeos, 2 (1969)
* Anagramático. Lisboa: Moraes Editores (1970)
* 63 Tisanas: (40-102). Lisboa: Moraes Editores (1973)
* Poesia: 1958-1978. Prefácio de Lúcia Helena da Silva Pereira - Lisboa: Moraes Editores (1980)
* Ana Viva e Plurilida. in Joyciana (ob. colec.), Lisboa: &etc (1982)
* O Cisne Intacto. Porto: Limiar (1983)
* A Cidade das Palavras. Lisboa: Quetzal (1988)
* Volúpsia. Lisboa: Quimera (1994)
* 351 Tisanas. Lisboa: Quimera (1997)
* Rilkeana. Apresentação de João Barrento e Elfriede Engelmayer - Lisboa: Assírio & Alvim (Prémio de Poesia do PEN Clube Português) (1999)
* Um Calculador de Improbabilidades. Lisboa: Quimera (2001)
* O Pavão Negro. Prefácios da Autora e de Paulo Cunha e Silva, Lisboa: Assírio & Alvim (Prémio de Consagração da Associação Portuguesa de Críticos Literários) (2003)
* Itinerários. Vila Nova de Famalicão: Edições Quasi (2003)
* Fibrilações. Edição bilingue. Tradução para castelhano de Perfecto E. Cuadrado, Lisboa: Quimera (2005)
* A Idade da Escrita e outros poemas. Antologia com org. e pról. de Floriano Martins, São Paulo: Escrituras (2005)
* 463 Tisanas. Prefácio da Autora, Lisboa: Quimera (2006)
* A Neo-Penélope. Lisboa: &etc (2007)

Prosa
* O Mestre. Lisboa: Arcádia (1963). 2.ª ed.: Prefácio de Maria Alzira Seixo, Lisboa: Moraes Editores (1976). 3ª ed.: Prefácios de Silvina Rodrigues Lopes e Simone Pinto Monteiro de Oliveira e posfácio da Autora, Lisboa: Quimera (1995). 1.ª ed. brasileira: Prefácio de Nadiá Paulo Ferreira, Rio de Janeiro: 7LETRAS (2006)
* No Restaurante. In Antologia do Conto Fantástico Português. Edições Afrodite de Fernando Ribeiro de Mello (1967). 2.ª ed.: idem (1974). [3.ª ed.]: Lisboa: Arte Mágica Editores (2003)
* Crónicas, Anacrónicas Quase-tisanas e outras Neo-prosas. Lisboa: Iniciativas Editoriais (1977)
* O Tacto. In Poética dos cinco sentidos. Lisboa: Livraria Bertrand (1979)
* Anacrusa: 68 sonhos. Lisboa: & Etc (Sonhos da Autora comentados por vários autores) (1983)
* Elles: um epistolado (com Alberto Pimenta). Lisboa: Editorial Escritor (1999)
* O Neo-Ali Babá. In Mea Libra - Revista do Centro Cultural do Alto Minho, n.º 14, Viana do Castelo (2004)

Ensaio e Edições Críticas
* Nove Incursões. Lisboa: Sociedade de Expansão Cultural (1962)
* O Espaço Crítico: do simbolismo à vanguarda. Lisboa: Caminho (1979)
* A Experiência do Prodígio - Bases Teóricas e Antologia de Textos-Visuais Portugueses dos séculos XVII e XVIII. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda (1983)
* Defesa e Condenação da Manice. Lisboa: Quimera (Apresentação, notas e fixação do texto) (1989)
* Poemas em Língua de Preto dos Séculos XVII e XVIII. Lisboa: Quimera (Apresentação, notas e fixação do texto) (1990)
* Elogio da Pintura de Luís Nunes Tinoco. Com estudo crítico de Luís de Moura Sobral, Lisboa: Instituto Português do Património Cultural (Apresentação e edição) (1991)
* A Preciosa de Sóror Maria do Céu. Lisboa: Instituto Nacional de Investigação Científica (Edição actualizada do códice 3773 da Biblioteca Nacional precedida dum estudo) (1991)
* Lampadário de Cristal de Frei Jerónimo Baía. Lisboa: Editorial Comunicação (Apresentação crítica, fixação do texto, notas, glossário e roteiro de leitura) (1991)
* O Desafio Venturoso de António Barbosa Bacelar. Lisboa: Assírio & Alvim (Organização e prefácio) (1991)
* Triunfo do Rosário: repartido em cinco autos de Sóror Maria do Céu. Lisboa: Quimera (Tradução e apresentação) (1992)
* A Casa das Musas: uma releitura crítica da tradição. Lisboa: Editorial Estampa (1995)
* O Ladrão Cristalino: aspectos do imaginário barroco. Lisboa: Edições Cosmos (Prémio de Ensaio da Sociedade Portuguesa de Autores, 1998) (1997)
* Frutas do Brasil numa nova, e ascetica monarchia, consagrada à Santíssima Senhora do Rosario de António do Rosário. Lisboa: Biblioteca Nacional (Apresentação) (2002)
* Poesia Incurável: aspectos da sensibilidade barroca. Lisboa: Editorial Estampa (2003)
* Interfaces do Olhar - Uma Antologia Crítica / Uma Antologia Poética. Lisboa: Roma Editora (2004)

(Biografia da autoria de Rui Almeida, na Wikipédia)

Prémio Portugal Telecom 2009

Na edição deste ano do Prémio Portugal Telecom de Literatura foram inscritos 501 livros, escritos originalmente em língua portuguesa por autores brasileiros ou de outros países lusófonos. O júri, composto por 406 elementos, já votou nos 50 primeiros colocados que passam para uma segunda fase de análise e votação. Hoje, 20 de Maio, no Consulado Geral de Portugal, Palácio São Clemente, no Rio de Janeiro, numa cerimónia exclusiva para convidados, a curadoria do Prémio realiza um evento onde anunciará os 50 finalistas.
Na passada quinta-feira 14 de Maio, realizou-se no Salón Noble del Liceo Casino de Pontevedra, organizado pela Associação República das Letras, o lançamento do livro "O aire, a luz e o canto", Poesia reunida 1987-2006, editado pelo PEN Clube da Galiza, onde esteve presente o autor, o poeta Víctor Campio Pereira e Luís González Tosar, Presidente do P.E.N. Clube da Galiza, tendo sido moderador deste evento Fernando Luis Pérez Poza.

Víctor Campio Pereira nasceu em Garabás, Maside, Ourense, em 1928. É licenciado em Filologia Hispânica pela Universidad Complutense de Madrid. Fundou as revistas " Aula I" e "Tagore" e colaborou nos suplementos culturais da revista Escuela Española.
Iniciou-se na poesia publicando no "Mirador Galaico" e no "Poesía, Arte e Letras” de Ourense. Também publicou textos seus em "Alcazaba" de Tetuán, "Trebo" de Ourense, "Dorna" de Santiago, "Cadernos do Tâmega" de Portugal, "Zorgai" de Bilbao, entre outros.
É autor dos livros de poesia "O ar que nos leva" (1987), "Perdida luz" (2000) e "O aire, a luz e o canto. Poesía reunida 1987-2006” (2008) e participou em outros livros colectivos. Em prosa publicou a novela "Baixo o so do Magreb" (1999) e uma colecção de artigos.
Ganhou os seguintes prémios: "Biblioteca Endesa" (A Coruña, 1977), "Festas da Peregrina" (Pontevedra, 1977), "Festas da Luz" (A Rúa, Ourense, 1980), "O Nadal" (Begonte, Lugo, 1992), e "Modesto R. Figueiredo" de narrativa (Santiago, 1988).
Colaborou no jornal "La Región" e noutras publicações ibero-americanas como "Noti-Tarde" e "El Espectador" de Valencia (Venezuela), "La Ciudad de Avellaneda" de Buenos Aires, e "Galicia”.

Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa

O Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa, instituído pela Câmara Municipal de Faro, com o apoio da Direcção Regional de Cultura do Algarve e da Universidade do Algarve, destina-se a galardoar um livro em português, de autor português, publicado integralmente, em 1ª edição, no ano de 2008.
O valor deste Prémio, a cujo concurso não são admitidas obras póstumas, é de cinco mil euros.
De cada livro concorrente serão enviados 5 exemplares para a Câmara Municipal de Faro – Divisão de Cultura – Rua da Misericórdia, 12 8000-269 Faro. Destinam-se estes exemplares aos membros do júri e Biblioteca Municipal António Ramos Rosa, devendo ser entregues, por correio ou em mão, até 31 de Maio de 2009.
Na última edição, em 2007, o primeiro prémio foi atribuído a Nuno Júdice pela sua obra “As coisas mais simples”.

Grandes poetas em mirandês

Um artigo sobre Amadeu Ferreira, para ler, no JN online.

X Sessão do Clube das Clássicas

O Clube das Clássicas é um espaço de conversa sobre livros, da responsabilidade da Comissão Pedagógica do Departamento de Estudos Clássicos, que decorre no café da Biblioteca da Faculdade de Letras de Lisboa.
A próxima sessão (dia 20 de Maio, pelas 18H30), conta com a presença de José Mário Silva.

terça-feira, 19 de maio de 2009

XI Concurso Literário “Manuel Maria Barbosa du Bocage”

A Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão vai dar continuidade à realização do Concurso Literário Manuel Maria Barbosa du Bocage, como forma de promover a criatividade no campo da poesia e do texto em prosa, de incentivar o aparecimento de novos valores e de divulgar a obra de Bocage, nascido em Setúbal, e homenageando os 244 anos do seu nascimento.
Este ano, o Concurso pretende homenagear o Livro e a Universalidade da Língua Portuguesa.
Os prémios são atribuídos nas modalidades de Poesia e Revelação.
A modalidade de Poesia contempla qualquer versão inédita, de tema livre, em poesia, com os limites entre 20 e 30 páginas dactilografadas, em formato A4.
Poderão concorrer todos os autores de Língua Portuguesa do Continente e das Regiões autónomas dos arquipélagos dos Açores e da Madeira e ainda dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, Palop’s, e outros Países de Língua Oficial Portuguesa. Podem concorrer também residentes das comunidades portuguesas e quaisquer autores portugueses residentes em qualquer ponto do mundo.
Os trabalhos concorrentes, obrigatoriamente em língua portuguesa, deverão manter-se inéditos até à sua publicação em livro, pela Lasa, nos termos do regulamento.
Os trabalhos deverão ser enviados até ao dia 10 de Julho de 2009 (data de correio) e dirigidos a:
Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão
Apartado 292
2901- 901 SETÚBAL

Os prémios monetários serão de 2.500 euros para a modalidade de Poesia e de 1.500 euros para a modalidade Revelação. A cada autor dos trabalhos premiados serão atribuídos 50 exemplares da edição do livro publicado pela LASA com os trabalhos vencedores.
A decisão do júri, de que não haverá recurso, será tornada pública e divulgada junto dos órgãos da comunicação social e no site da LASA, em www.lasa.pt.
A apresentação dos trabalhos premiados e a entrega dos prémios será efectuada a 15 de Setembro, data comemorativa do nascimento de Bocage, Dia de Bocage e Dia da Cidade, em cerimónia realizada no Salão Nobre dos Paços do Concelho e integrada nas comemorações oficiais levadas a efeito pela Câmara Municipal de Setúbal.

Regulamento completo aqui.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Os Sete Epígonos de Tebas

de José Carlos Barros


por Ruy Ventura



“[…] as mulheres dos montes / viravam os estrados / para o lado de dentro / dos teatros / […]”
“Em vez dos panos nos bastidores: a narrativa – / […] / a libertar-se da âncora genealógica / pela destruição do livro / dos exemplos. […]”
“[…] mudava / os parágrafos / e depois procurava no forno do povo / ou no tanque do largo / ou na lenha de bétula arrumada nos telheiros / o eco da frase inaugural /[…]”
Escolho, mais ou menos ao acaso, alguns versos de um livro de José Carlos Barros, ainda inédito. Quanto mais o leio, mais se aproxima de mim a sua estrutura, os pilares e lintéis de um edifício a que o autor empírico resolveu chamar Os Sete Epígonos de Tebas. Não estou perante uma colectânea de poemas; tenho nas mãos um livro de poesia. E, como qualquer objecto digno dessa classificação (isto é, que não seja apenas uma reportagem ou muita verborreia, empilhadas em linhas que não chegam ao final da folha impressa), escolhe – seguindo a frase de Herberto Helder colocada na obra como epígrafe – a arte “de ver cometas / despenharem-se / nas grandes massas de água”. Ou seja: arrisca assistir ao movimento descendente, violento, de corpos ígneos, cuja matéria entra em contacto explosivo com terra, purificando-a pelo fogo e, depois, pela expansão rápida de um líquido cuja passagem lava o espaço, os seres nele viventes e a sua memória. Terminado o maremoto, o contacto do fogo com a água – que José Carlos Barros parece desejar ver e registar – produz ainda uma matéria volátil: essa “nuvem” ou “névoa” que (segundo um poema do mexicano Luis Arturo Guichard) transforma os campos mais comuns em bosques plenos de mistério, embora quase sempre se veja apagada pelo fumo. E são os adoradores do fumo que vencem a primeira de duas batalhas pela sobrevivência de Tebas. Tebas – uma cidade contaminada por contínuas lutas pelo poder absoluto, condenada à desagregação por ter destruído dessa forma a herança civilizadora de Cadmo, o seu fundador –, que só pelo fogo poderá talvez ser conservada. É essa tentativa de preservação que, na minha leitura, se vê reflectida no livro de José Carlos Barros.
Nos seus poemas contidos, meditativos, este livro tem contudo raros vestígios da narrativa mitológica dos “sete epígonos de Tebas” – da história dos sete chefes militares que vingaram a derrota dos seus ascendentes conquistando, em vez deles, a urbe fundada pelo introdutor mítico do alfabeto fenício no território grego. É, antes, uma reflexão alargada sobre a memória, sobre a passagem do tempo, sobre o seu registo num texto escrito feito poesia e sobre as circunstâncias adversas que este tem de vencer para atingir a sua melhor realização estética e ética. Quem lê “Tebas” nesta obra deve pensar na “escrita” ou na “poesia” (aí renascida pela mão dos gregos ou de fenícios chegados à Grécia), sendo a luta dos “epígonos” (ou seja, dos descendentes) um processo de revitalização – dura e violenta – do texto artístico. É preciso destruir toda a escrita mergulhada no caos dos interesses e do poder temporal para que algo nasça de novo a partir dos alicerces – ainda que os vencedores finais (após a destruição da cidade) sejam sempre acompanhados pelo “opróbio da emulação”, porque “Os heróis” derrotados na primeira refrega “[pereceram] nos campos / de batalha / com a lança dos desastres”.
A vitória contra a erosão dos poderes literários consegue-se através da interioridade (virando “os estrados / para o lado de dentro / dos teatros”) e do espírito (procurando com ironia e desprendimento a “energia eólica” nascida nas “vagarosas pás / dos aerogeradores”), porque – segundo afirma o livro – “há um momento / em que a heresia e a coragem se confundem / e a baixa densidade dos núcleos / remove / por intuição / a desmesura / das memórias / descritivas / dos interesses”. Não esquecendo que é a memória da derrota dos antepassados (esse desenho nos “subterrâneos labirintos” da “cartografia pretérita dos desastres”) que conduz à vitória na guerra pela vertical dignidade da escrita e do texto, contra os seus hábeis manipuladores e niveladores que se servem deles para conseguirem honrarias jornalísticas, académicas e sociais. Porque só essa vitória permite que nunca se quebre, mesmo na humilhação, “esse / fio de novelo / que levava ao ouro e à água subtraída das nascentes: / ao rumor da pedra volátil / do volfrâmio”.
A mensagem de José Carlos Barros neste livro (cujo mérito, muito saliente, João Candeias, Joaquim Cardoso Dias e o autor destas linhas – como membros do júri do Prémio Nacional de Poesia “Sebastião da Gama” – resolveram premiar) é clara e muito importante nestes tempos de alheamento e de confusão: “[…] / ninguém diz uma palavra. / E ninguém se move em redor do lume / com medo / da repercussão / dos desastres”, mas quando alguém procura água que purifique esse silêncio cúmplice e criminoso, “O vedor / [sente] que a vara / [aponta] ao céu: / a nuvem / em vez / das nascentes”. É então que o cometa de Herberto Helder produz o seu incêndio e a sua redenção: “[…] a nuvem das palavras [desce] sobre as tendas / e as dunas da península: / duas mãos” – o passado e o presente?, pergunto – “[tocam-se] / por um instante breve / e [ergue-se] no ar irrespirável / o rumor incandescente / dos incêndios / das florestas”.

Azeitão, 16 de Maio de 2009
na sessão de entrega do Prémio “Sebastião da Gama”

Mario Benedetti (1920-2009)

Morreu ontem, domingo, o escritor e poeta uruguaio Mario Benedetti, em Montevideu, aos 88 anos.
Mario Benedetti, nascido em Paso de los Toros em 1920, era poeta, escritor e ensaísta.
Integrante da Geração de 45, à qual perteceram também Idea Vilariño e Juan Carlos Onetti, entre outros, Benedetti era um dos mitos da literatura hispano-americana do século XX e talvez a consciência poética de todo um continente.
Viveu a adolescência na Argentina e regressou ao Uruguai depois da Segunda Guerra Mundial.
Estudou no Colégio Alemão de Montevideu, tendo depois exercido várias profissões, até se tornar conhecido como jornalista.
Em 1949 publicou "Esta mañana", o seu primeiro livro de contos, e um ano mais tarde, os poemas de "Sólo mientras tanto". Em 1953 editou o seu primeiro romance, "Quien de nosotros...".
Em 1973 abandonou o país por razões políticas, dando início a um longo período de exílio na Argentina, Peru, Cuba e Espanha, até ao seu regresso ao Uruguai com a restauração da democracia no país, em 1985.
Autor de uma vasta obra literária (mais de 80 livros), que inclui praticamente todos os géneros, desde letras de canções, poesia, ensaio, teatro e romance, como “Primavera rota con una esquina rota”, que recebeu o Prémio “Chama de Ouro” da Amnistia Internacional, em 1987.
Recebeu ainda os prémios Ibero-americano José Martí (2001) e Internacional Menéndez Pelayo (2005).
Poemas seus foram cantados por Joan Manuel Serrat, Daniel Viglietti, Pedro Guerra, Rosa León, Juan Diego e Nacha Guevara, entre outros.
Títulos como a primeira obra do autor, "La víspera indeleble", os "Poemas de la oficina", "Rincón de Haikus", os grandiosos três "Inventarios" ou as "Canciones del que no canta" foram incluídos no ano passado com seu último poemário, "Testigo de uno mismo".
O seu romance, "La tregua" teve mais de 140 edições em 20 idiomas desde que foi publicado, em 1960.
Benedetti recebeu também a Ordem Francisco Miranda,entregue pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, na Universidade da República do Uruguai, aclamado pelas centenas de estudantes que reconheceram no poeta um ícone nacional.

Corazón Coraza

Porque te tengo y no
porque te pienso
porque la noche está de ojos abiertos
porque la noche pasa y digo amor
porque has venido a recoger tu imagen
y eres mejor que todas tus imágenes
porque eres linda desde el pie hasta el alma
porque eres buena desde el alma a mí
porque te escondes dulce en el orgullo
pequeña y dulce
corazón coraza

porque eres mía
porque no eres mía
porque te miro y muero
y peor que muero
si no te miro amor
si no te miro

porque tú siempre existes dondequiera
pero existes mejor donde te quiero
porque tu boca es sangre
y tienes frío
tengo que amarte amor
tengo que amarte
aunque esta herida duela como dos
aunque te busque y no te encuentre
y aunque
la noche pase y yo te tenga
y no.


Coração couraça

Porque te tenho e não
porque te penso
porque a noite está de olhos abertos
porque a noite passa e digo amor
porque vieste recolher a tua imagem
e és melhor que todas as tuas imagens
porque és linda dos pés à alma
porque és boa da alma a mim
porque te escondes doce no orgulho
pequena e doce
coração couraça

porque és minha
porque não és minha
porque te olho e morro
e mais que morro
se não te olho amor
se não te olho

porque tu existes sempre em qualquer parte
mas existes melhor onde te amo
porque a tua boca é sangue
e tens frio
tenho que te amar amor
tenho que te amar
ainda que esta ferida doa como duas
ainda que te procure e não te encontre
e ainda que
a noite passe e eu não tenha
e não.

Mario Benedetti
(tradução de António Costa Santos)

domingo, 17 de maio de 2009

Callema 6

Após dois números de incidência monográfica (“Reescrever a Juventude” e “A Fenda do Tempo e do Texto”, respectivamente), a revista Callema volta a convocar uma chamada nominal de capa, desta vez dedicada ao universo sonoro de Paulo Praça, intérprete de um notável percurso dentro das linguagens pop-rock vindas da década de 90, agora aventurado numa carreira em solitário estreada em 2007 com a edição de Disco de Cabeceira. Entre o estúdio e a volta do correio, o autor de “(Diz) A Verdade” comparte com o leitor impressões decorrentes da composição e audição deste disco e, desde uma perspectiva performativa, do íntimo toar da canção de língua portuguesa. Colaboram neste sexto número de Callema: David Soares, Ana Cláudia Santos, Lucy Pepper, Samuel Costa Velho, Rui Almeida (Prémio Manuel Alegre 2008, com o poemário “Lábio cortado”), Fernando Machado Silva, João Tibério, Jorge Silva, Hilarino Carlos Rodrigues da Luz e Álvaro N. Marques. Entre outros lugares de interesse, a primeira tradução para língua portuguesa do poeta turco Orhan Veli.

Lançamento: 29 de Maio • 16H30 • Livraria Trama (lisboa, ao Rato)

Poesia e música para crianças

Canta o Galo Gordo - poemas e canções para todo o ano é o novo livro de poesia e canções dirigidas à infância, de Inês Pupo e Gonçalo Pratas, com ilustrações de Cristina Sampaio.
Os autores quiseram fazer um livro que falasse do que se aprende na escola, dos dias que pontuam a vida (das crianças e dos adultos), que possa acompanhar pais, avós, famílias, professores e crianças ao longo do ano, recorrendo à poesia e à música.
O CD que acompanha o livro contém as poesias musicadas e interpretadas de forma original pelos mísicos convidados: Celina Piedade, Vasco Ribeiro Casais (Dazkarieh), Luis Peixoto (Dazkarieh), Filipe Raposo, Cristina Branco e João Pupo.
O livro é editado pela Editorial Caminho.
Podem ouvir-se 4 das músicas, aqui.

Outras sugestões para os próximos dias


19 de Maio (terça-feira):

LISBOA – Bar A Barraca

Às terças-feiras, às 22H00, no Bar A Barraca, Changuito lerá poesia.
Dia 19 de Maio: Mário Cesariny
O Bar A Barraca - Teatro Cinearte, fica no Largo de Santos, 2, em Lisboa.



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20 de Maio (quarta-feira):

LISBOA – Casa Fernando Pessoa

Apresentação da X Edição Crítica de Fernando Pessoa Sensacionismo e Outros Ismos que recolhe 315 textos – sem contar mais de 100 transcritos apenas no Aparato Genético, como é referenciado no Índice Topográfico – sobre Orpheu e os seus antecedentes imediatos (as revistas Lusitânia e Europa), os principais ismos ideados e desenvolvidos por Pessoa entre 1913 e 1917 (paulismo, interseccionismo, atlantismo, sensacionismo e neo-paganismo) e o Ultimatum de Álvaro de Campos, que também é transcrito no capítulo VII.
Organizado por Jerónimo Pizarro.
Apresentado por Fernando J. B. Martinho dia 20 de Maio, pelas 18h30, na Casa Fernando Pessoa.
A Casa Fernando Pessoa fica na Rua Coelho da Rocha, 16, Lisboa.


ALVITO - Biblioteca Municipal

No dia 20 Maio, a Andante vai apresentar o espectáculo de Poesia "Às escuras, o amor" na Biblioteca Municipal do Alvito, pelas 15H00.
Espectáculo integrado no programa de itinerâncias da DGLB.

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21 de Maio (quinta-feira):

PORTO – Espaço Vivacidade
Sessões de poesia regulares no espaço da Vivacidade:
"As palavras soltam-se dos poetas para as páginas dos livros e, aqui com Andreia Macedo, das páginas dos livros para uma sessão de poesia viva, emocionante e transformadora. Um momento de convívio para nos deixarmos tocar pelas palavras únicas da beleza e, mal nos dando conta, levarmo-la para as nossas vidas."
PRÓXIMA SESSÃO: 21 de Maio, pelas 17H. Com Andreia Macedo.
Rua Alves Redol, 364 – B, Porto

PORTO – Clube Literário do Porto

21 de Maio de 2009 - 5ª feira:
No PIANO-BAR do Clube Literário do Porto:
POESIA DE CHOQUE: “Poesia a rasgar”
Organização e Performance: António Pedro Ribeiro e Luís Carvalho.




FARO – Livraria Pátio de Letras

Quinta-feira dia 21, 21h30:
Música e Poesia: "Lucía Aldao - versos próprios e músicas alheias".
Programa integrado na Semana de Cultura Galega, org. Centro de Estudos Galegos da UALG.
Rua Dr. Cândido Guerreiro, 26, Faro.



SERPA - Biblioteca Municipal

No dia 21 Maio, a Andante vai apresentar o espectáculo de poesia "Às avessas" na Biblioteca Municipal de Serpa, pelas 14H00.
Espectáculo integrado no programa de itinerâncias da DGLB.





S. DOMINGOS DE RANA - Biblioteca Municipal

A próxima sessão das Noites com Poemas, na Biblioteca Municipal de São Domingos de Rana, tem como convidada Maria Francília Pinheiro. Tema/desafio proposto pela convidada: Poesia que a Mágoa Tece.
Dia 21 de Maio, pelas 21h30.

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22 de Maio (sexta-feira):

FARO – Livraria Pátio de Letras

Sexta-feira dia 22, 21h30:
“A poesia de António Ramos Rosa” apresentada e analisada pelo também escritor algarvio Gastão Cruz.
Conferência integrada no «Ciclo Viajantes, Escritores, Poetas - Retratos do Algarve», org. UALG/CIIPC/CMVRSA – apoio Pátio de Letras.
Rua Dr. Cândido Guerreiro, 26, Faro.

FUNCHAL - Feira do Livro

Lançamento do livro de poesia "Trago Rosas" de Carlos Martins.
Dia 22 de Maio, pelas 20H30 no Pavilhão dos Autores e no palco da Feira do Livro - Praça da Restauração.
Apresentação seguida de um momento musical com Canções da Lusofonia.


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23 de Maio (sábado):

FARO – Livraria Pátio de Letras

Sábado dia 23, 17h30:
Apresentação de “Época menor", livro de poesia de António José Ventura, por António Rosa Mendes.
Rua Dr. Cândido Guerreiro, 26, Faro.



PORTO – Clube Literário do Porto

23 de Maio de 2009 – Sábado:
No AUDITÓRIO do Clube Literário do Porto:
17:00h - Lançamento do livro de poesia Esquinas de Vidro de João Sevivas
Apresentação por Ângelo Rodrigues, Correia Rebelo e Marta Peneda.
Performance musical do projecto TEMPO.



PORTO – Livraria Index

Lançamento da obra "Dobram-se as mulheres doentes" do poeta Gustavo Brandão Nascimento (Edium Editores) no dia 23 de Maio, pelas 17.00horas, na Livraria Index (Rua D. Manuel II, 320, Porto – ao Palácio de Cristal). Obra e autor serão apresentados pelo também prefaciador da obra André Lamas Leite.
Gustavo Brandão Nascimento nasceu no Porto em 16 de Fevereiro de 1976. Jurista de profissão, estudou História na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e é licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade do Porto. Dobram-se As Mulheres Doentes é a terceira obra consagrada à Poesia.


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24 de Maio (domingo):

LISBOA – Livraria Barata

Lançamento do CD "O Mar Atinge-nos" de Maria Azenha
Apresentado por Risoleta Pinto Pedro.
Na Livraria Barata - Av. de Roma, 11A, Lisboa.
24 de Maio às 16H00.
Durante a sessão será servido um beberete de poesia e guitarra.